18 de out. de 2010

Depressão. Desânimo. Vontade de desistir.

Pensei em escrever tudo o que estou sentindo, mas encontrei uma postagem no blog Sturm und Drang que mostrava tudo aquilo que estou sentindo agora. Vale a pena ler até o fim.
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Sou professora em tempo integral, lidando com alunos indisciplinados, falta de infra-estrutura na escola e passo o mês pensando numa maneira de esticar o salário. Não escolhi minha profissão. Acabei nela pela oportunidade oferecida de ter um emprego público, enquanto fazia minha faculdade. Minhas habilidades foram esquecidos em função de emprego e salário.




Hoje penso em mudar de profissão. Sei que mudar de carreira não é o fim do mundo. Creio até que seja a “salvação” para uma vida profissional que traz insatisfação, desânimo, falta de criatividade e de interesse no dia-a-dia do trabalho. Sinto vontade de parar com tudo e apostar em uma nova profissão. Mudar de emprego.



Ultimamente tento analisar o porquê de estar trabalhando onde estou, convivendo com certas pessoas e exercendo essa função. Nas últimas semanas, uma idéia que me passava pela cabeça era: ” desistir”. Tudo parecia mais difícil do que o normal, e eu estava sem vontade de fazer nada. As matérias mais agradáveis e divertidas tinha uma professora tão ruim, que conseguia deixá-las insuportáveis.



Fico pensando nas pessoas que conheci e nos grandes amigos que fiz onde trabalho. Na verdade, gosto muito das pessoas que trabalham comigo. Frequentemente saímos juntos para almoçar, ir ao cinema, assistir a concertos , a peças, ou simplesmente conversar. Frequentamos um a casa do outro, festejamos aniversários, casamentos, vamos a velórios e missas de sétimo dia. Dividimos alegrias e tristezas, somos solidários e nos ajudamos mutuamente.



Entretanto, o que me deixa insatisfeita é mesmo o trabalho que faço, nas condições em que ele é realizado.Preciso mudar. Mudar de ares dá fôlego novo, dá uma impressão de estarmos começando coisas novas. Mudança remete à oportunidade para remexer nos baús, selecionar coisas boas, descartar o inútil e o fútil.



Mudar. Jogar no lixo tudo aquilo que esmaga a esperança e destrói o futuro. Descartar o vazio, o desespero e a solidão. Arredar mágoas, decorar a alma, corrigir rumos, recomeçar, ou simplesmente, continuar?