8 de jul. de 2008

Entalada. Pois é.

Então né. Assim estou. Linda e maravilhosa e fora há mais de 15 dias.
De início foi apenas uma adesão à greve. Até aí, normal, afinal, eu acho que a gente deve lutar pelo que acha certo. Assim, segui a greve até o final...
Então eu resolvi aproveitar o tempo que fiquei em casa e ir ao médico (já que trabalhando, por decreto eu não posso sair para isso...). Fui ao dermatologista, estou cuidando da minha pele, e fui ao ortopedista, bem no final da greve.
Tá tá, eu sei que eu poderia ter ido antes. Mas quando é que eu ia imaginar que seria afastada?
Eu já suspeitava desse bendito carocinho que nasceu no meu punho. Comecei a ficar com medo. Vai que eh um tumor ou sei lá. Eu sou meio encanada com essas coisas...
"Aparentemente, é Síndrome do Túnel do Carpo. Mas vc tem que fazer alguns exames. E, enquanto isso, tome esses remédios e use uma órtese. Movimente esse braço o menos que puder, tudo bem?"
Dei risada.
"Doutor, seguinte: hoje é o meu último dia de paralisação. Segunda eu volto a trabalhar. Como eu vou fazer isso que o senhor me pede?"
"Ora, pois. Afaste-se.
Assustei. Tudo bem que todo mundo quer um descanso no meio do ano, isso é até normal.
Mas até saber que você pode estar com uma doença que não tem cura, na boa, eu preferiria trabalhar.
O que me deixa mais triste é saber que isso apareceu com o trabalho. :(
Bem, bem, bem... enquanto isso, vou preparando o material para ser aplicado para as crianças durante essa semana.
Isso tudo com a mão direita, risos.
E vamos torcer para que isso não seja nada de mais. ;)

6 de jul. de 2008

Professores da rede estadual de São Paulo suspendem greve

Se eu disser que não gostei da notícia, estou mentindo... Agora eu acho q vai dar tudo certo ;)

Da Redação
Em São Paulo
Atualizada às 19h47

Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram suspender a greve até a próxima semana. Cerca de 3.000 profissionais, segundo a Polícia Militar, se reuniram em assembléia na tarde desta sexta-feira (4) em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República, para decidir o rumo da paralisação. A categoria estava parada há 19 dias.

Depois de 3 semanas parados, professores decidem suspender greve em São Paulo

Até a última semana, assembléias haviam sido na Avenida Paulista
A Secretaria se comprometeu a apresentar até terça-feira (8) um posicionamento sobre o acordo assinado nesta tarde em reunião conciliatória no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). O documento garante a devolução do salário dos professores, cortado durante a greve, e a reposição das aulas perdidas."Se até terça o governo não se manifestar, a greve pode ser retomada a qualquer momento", garante a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha. Ela disse que uma nova assembléia poderá ser convocada para a próxima quinta-feira.Segundo a Apeoesp, as aulas para as escolas que ainda não entraram em período de recesso serão retomadas na segunda-feira (7). A Secretaria afirmou que todos os pontos do decreto 53.037/08, que motivou a greve e que já havia sido alterado, estão mantidos. Em nota, o órgão diz que mantém "a prova que, junto com tempo de serviço na rede estadual e títulos, irá definir a atribuição de aulas de professores temporários, e o tempo mínimo de 200 dias letivos para substituição (transferência entre escolas). Nenhuma questão salarial foi abordada".Para Maria Izabel, o importante é que, ao suspender a greve, abre-se uma negociação com o governo sobre o decreto. "O termo de audiência assinado no TRT garante o compromisso da Secretaria em prosseguir nas negociações sobre os temas em pauta, inclusive o decreto. Nós queremos um concurso para efetivar os temporários. As alterações que eles fizeram no documento, nós podemos ganhar com facilidade na Justiça", disse.Alterações no decretoA pedido da categoria, na semana passada, José Serra (PSDB) publicou uma atualização do decreto alterando o anterior em três pontos. O limite de faltas passa a ser 12 e não mais 10. A transferência durante os primeiros três anos de trabalho, chamado de estágio probatório, será restrita apenas aos professores admitidos a partir de 28 de maio. Por último, alterou a possibilidade de substituição aos professores que tiraram licença no ano anterior, que antes era autorizada apenas para gestantes. Na quarta-feira (2), a Secretaria anunciou o corte de salário e de gratificação dos professores em greve. Em nota, o órgão disse que "uma minoria de professores insiste em faltar às escolas nas últimas duas semanas, prejudicando os alunos". Para reverter o caso, o sindicato entrou na Justiça com um mandado de segurança coletivo em defesa do direito de greve da categoria.Por medo de perder o bônus, alguns docentes já estavam voltando às salas de aula. Maria Izabel lembrou que na greve realizada em 2000 os professores receberam holerites "zerados" e aqueles que repuseram as aulas ainda não tiveram as faltas retiradas do prontuário.Segundo a Secretaria, menos de 2% dos professores estavam faltando diariamente nas 5.537 escolas estaduais --a rede tem 230 mil docentes. A convocação de substitutos, cadastrados nas diretorias de ensino da rede, já havia sido liberada.Complicações no trânsitoOs docentes se reuniriam pela quarta sexta-feira consecutiva no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, mas a promotoria de Habitação e Urbanismo obteve liminar da Justiça impedindo a manifestação no local. Foi fixada multa de R$ 500 mil caso os professores descumprissem a determinação.Nas últimas três sextas-feiras, os docentes bloquearam a Paulista durante a tarde e causaram congestionamento de até 2,2 quilômetros. Segundo a CET (Companhia de Engenharia do Tráfego), nesta sexta não foi registrada nenhuma ocorrência de lentidão na região causada pelo movimento.

3 de jul. de 2008

Momento revolta-absolutamente-intensa.

SP diz que vai cortar salários de professores grevistas


Em nota, Secretaria disse que protesto não está preocupado com alunos.
Para a Apeoesp, medida mostra ‘desespero’ do governo do estado.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo emitiu nota nesta quarta-feira (2) informando que pretende cortar os salários dos professores grevistas. Os docentes terão também desconto no pagamento de bônus e de gratificação, de acordo com o documento divulgado à imprensa. Outra medida anunciada é que, com a intenção de cobrir as faltas dos manifestantes, as escolas estão liberadas para convocar professores eventuais.

Segundo a pasta, menos de 2% dos professores das 5.537 escolas tem faltado às atividades, devido ao protesto que já dura 17 dias. Os cerca de 20 mil professores substitutos cadastrados na rede poderão ser chamados para trabalho. A Secretaria espera que a reposição de aulas seja pequena em julho.

Ainda no comunicado, a Secretaria afirma que “é totalmente contra uma greve corporativista organizada por um sindicato, a Apeoesp [Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo], que não tem pensando nos alunos, na melhoria da qualidade do ensino na rede estadual paulista.

Para a nova presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, o corte dos salários não deverá enfraquecer o protesto. “Já tivemos os salários zerados no protesto de 2000. A nossa assembléia vai mostrar se o tamanho do movimento”, disse.

De acordo com as estimativas da Apeoesp, 60% dos docentes aderiram à paralisação das atividades. “Para mim, quando o governo desqualifica um sindicato e uma categoria, é porque está em desespero. O governo mostra que não tem capacidade para gerenciar o estado. E a Secretaria da Educação está incomodada com as nossas denúncias de baixos salários e da falta de condições de trabalho e de aprendizagem”, afirma.

Aumento de salário
A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta segunda-feira (30) aumento salarial de até 12,2% no salário-base dos servidores da educação. O salário-base do professor de 1ª a 4ª série, sem nível superior e em jornada de 40 horas semanais, passa de R$ 1.166,83 para R$ 1.309,17. Para professores com curso superior, o salário-base passará de R$ 1.350,75 para R$ 1.501,50.

O governo do estado, segundo a Secretaria da Educação, calcula gastar mais R$ 670 milhões por ano com este reajuste. O aumento corresponde a reajuste do piso salarial em 5% somado à incorporação da Gratificação do Trabalho Educacional.

A remuneração inicial dos professores, incluindo gratificações, chega a R$ 1.819,63. Os diretores passarão de salário-base R$ 1.490,26 para R$ 1.648,77 (10,5% de aumento). Os salários dos supervisores passarão de R$ 1.638,03 para R$ 1.803,93 (10%). Já para o quadro de apoio da escola o aumento será o seguinte: de R$ 634,53 para R$666,26 (agentes de serviço escolar); de R$ 665,48 para R$ 698,75 (agente de organização) e de R$ 882,14 para R$ 926,25 (secretário de escola).

2 de jul. de 2008

Professores entram em choque com seguranças de Serra

Fiquei passada com a notícia. Ainda mais sabendo que havia alguns amigos meus lá.
E depois o governador insiste em dizer que quer o bem das crianças... olha só como eles tratam os profissionais...

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Confusão ocorreu em inauguração de estação de tratamento de esgoto em Guararema.
Polícia foi chamada e recorreu a gás de pimenta para debelar o protesto.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV Diário

O governador de São Paulo, José Serra, teve de enfrentar o protesto de um grupo de professores da rede estadual durante a inauguração de uma estação de tratamento de esgoto em Guararema, na região metropolitana, na tarde desta terça-feira (1º). Os seguranças do governador tentaram dispersar os manifestantes e chegaram a arrastar algumas pessoas pela rua.

Além disso, a polícia foi chamada para tentar controlar a confusão, mas foi em vão. Os policiais entraram no empurra-empurra e apelaram ao gás de pimenta para debelar o protesto. Um policial chegou a ameaçar sacar a arma caso os manifestantes não se controlassem. Duas pessoas foram presas.

A assessoria do governador disse que não presenciou nenhuma situação de agressão entre professores e seguranças. O comando da PM informou que vai apurar os fatos antes de se pronunciar sobre o ocorrido.

Depois dos incidentes, José Serra, ao ser indagado em entrevista coletiva após a inauguração, referiu-se à greve dos professores, que já dura mais de três semanas, como “muito pequena”.

“Nós demos aumento para os professores, no Estado, dentro das possibilidades, e tomamos medidas que, fundamentalmente, visam melhorar o ensino. Disso é que se trata. Não é uma questão sindical, não é uma questão de capricho, nada. É uma questão para beneficiar as crianças”, completou.